Andrius
Felipe Roque
Especialista em
Educação Profissional (IFPR)
Resumo:
autor
de obras referências na Literatura Brasileira, como Menino de engenho (1932), Doidinho
(1933), Banguê (1934), O moleque Ricardo (1935), Usina (1936) e Fogo morto (1943), José Lins do Rego foi voz expressiva do
regionalismo do início do século XX. Com especial dedicação ao retrato temporal
e espacial do chamado ciclo da cana-de-açucar, apresentou o cenário nordestino,
denunciou suas doenças sociais e traduziu as angústias desse povo. Diante desse
legado, este trabalho buscou interpretar a resistência ética e estética,
alinhado ao entendimento de BOSI (2002), na obra Fogo morto, em especial no papel desempenhado pela personagem José
Amaro, situando o texto sobre o contexto histórico, político e social ali
representado.
Palavras-chave:
Literatura
Regionalista. Coronelismo. Teoria
Literária.
Abstract: author of important books of Brazilian Literature, as Menino
de engenho (1932), Doidinho (1933),
Banguê (1934), O moleque Ricardo (1935), Usina
(1936), and Fogo morto (1943),
José Lins do Rego was an expressive voice of the regionalism in the beginning
of 20th Century. With especial dedication to the picture of time and
space of the sugar cane cycle, he presented the northeastern scenario, its
social diseases and translated the anguish of these people. Given this legacy,
this work aims to interpret the ethical and aesthetical resistance, based on
the understand of BOSI (2002), in the book Fogo
morto, especially in the role performance by the character José Amaro,
considering the text in relation to the historical, political and social
context represented.
Key-words:
Literary Regionalism. Colonelism. Literary Theory.
INTRODUÇÃO
José
Lins do Rego integrou expressivamente o movimento regionalista brasileiro do
primeiro quartel do século XX, o qual preservava algumas das propostas
modernistas celebradas em 1992. Voltavam-se os olhos para a realidade nacional.
No nordeste, os literatos aderiam à causa sertaneja e, entre esses, é que se inscreve
o escritor de Menino de engenho
(1932), Doidinho (1933), Banguê (1934), O moleque Ricardo (1935), Usina
(1936) e Fogo morto (1943),
romances que se enquadram no chamado “ciclo da cana-de-açucar”.
Dentre
tais, destaca-se o último, obra-síntese do ciclo e de sua decadência. Fogo morto retrata a temática do engenho,
sob o domínio dos senhores, em uma espécie de feudalismo sertanejo, que exercem
seus poderios nas camadas econômica, social e política. No entanto, sob o mau
zelo do coronel Lula, o engenho de Santa Fé, cenário principal da trama,
sucumbe, justificando assim o título do livro: Fogo morto é o engenho que já não mói mais.
A
narrativa é dividida em três partes: O
mestre José Amaro, O engenho do seu
Lula e O capitão Vitorino. Como
podemos notar, cada parte é focada em uma das personagens centrais, mostrando
sua história, suas angústias e o seu papel na trama. Na apresentação da 69ª
edição (2010), Benjamin Abdala Jr. pontua que “são personagens diferentes,
vivenciam situações existências próprias de suas condições sociais, mas possuem
um traço psicológico em comum: o orgulho. Pelo orgulho procuram resistir à
decadência” (p.10).
A
primeira seção, pois, é dedica a nos contar sobre mestre José Amaro. Seleiro de
beira de estrada, vive com a mulher e a filha nas terras que correspondem ao
território do engenho do coronel Lula. Seu pai viera de Goiana, onde estava
incriminado como homicida. Ali estabelecera sua casa, no tempo em que Santa Fé
ainda pertencia ao capitão Tomás Cabral de Melo.
Zé
Amaro trabalhava o dia todo e, em meio a recortes e preparações do couro,
mantinha contato com os passantes, que muito o respeitavam. Tinha fama de homem
rude, que não guardava ressentimentos e falava tudo aquilo que pensava, a quem
quer que fosse. Sobretudo, não aceitava que lhe impusessem ordens, quer fosse
capitão, coronel, da guarda ou mesmo a sua mulher.
Certa
noite, o seleiro decide passear pela região. No caminho, encontra alguns
vizinhos que o estranham, questionando quais os motivos do passeio noturno. No
outro dia já corria o boato de que o mestre havia se transformado em lobisomem:
é o começo de sua decadência. O povo começa a temê-lo, evitando encontrá-lo, ou
até mesmo fugindo de sua presença. Logo sua esposa e filha fariam igual.
A
cidade do Pilar e proximidades estavam sob questionamento político. Estavam às
portas as eleições e surgiam novos candidatos da oposição. No entanto, havia a
figura revolucionária do capitão Antônio Silvino e seus correligionários
cangaceiros, que exerciam o poderio maior daquelas terras. Senhores de engenho
se submetiam às suas vontades, caso contrário, sofreriam as consequências. Mestre
simpatiza com o grupo rebelde e, por inúmeras vezes, transmitiu informações e
providenciou alimento para a tropa.
Assim,
as coisas não iam bem para o seleiro. Tinha fama de lobisomem, amedrontava as
pessoas, quedou-se doente e ainda tinha sua filha em estado de loucura. Ademais,
para piorar, o coronel Lula, manipulado pelas falácias de negro Floripes, pede-lhe
para que se retire de seus domínios territoriais. Todavia, José Amaro não ia
sair, sentia-se injustiçado e, para reverter o quadro, contava com o apoio do
poder subversivo de Capitão Antônio Silvino.
A
segunda parte da obra toma como protagonista Lula César de Holanda Chacon, que
herdara do sogro o engenho do Santa Fé. O coronel Tomás viera do Ingá do
Bacamarte trazendo gado, família e seu séquito. Com muito trabalho duro, criou
uma imponente propriedade que o fez prosperar. Ainda que financeiramente bem
sucedido, o senhor de engenho não tirava de si a responsabilidade de
gerenciador da máquina produtiva: fazia ele questão de dar as ordens aos
escravos, que eram muito bem tratados.
Sua
filha mais velha educou-se em Recife e era, pois, uma verdadeira dama. Dentre
todas as suas prendas, destacava-se a arte de tocar piano: seu pai, empolgado,
logo tratou de providenciar o instrumento, singular naqueles campos. A idade
lha vinha e o casamento não acontecia. Até que conheceu um primo, que tempos
depois se tornou seu marido. Ele era Lula Chacon, homem muito fino e amável cujo,
entretanto, sossego não agrava ao sogro, que preferia alguém capaz de continuar
os seus empreendimentos. Com a morte de Tomás, o genro toma o domínio da propriedade
que, sofrendo com o desvelo do novo coronel, vai às ruínas.
Já
a terceira parte, embora destinada especialmente ao Capitão Vitorino, nos dá a
noção do todo, a parte final, a decadência do engenho de Santa Fé e do seleiro
Amaro. Ele resiste ao pedido de saída por parte de Lula, o que o aponta ainda
mais como temível. Sua mulher o deixa, enquanto que a filha tinha ido para o
tratamento. O coronel primeiro recebe uma carta de Antônio Silvino, que
ordenava a permanência do mestre, mas logo o capitão comparece pessoalmente em
assalto à casa de Santa Fé.
Essa
estreita relação já explícita entre José Amaro e o rebelde subversor dá
indícios à guarda que tão pronto prende aquele, levando junto Negro Passarinho
mais o cego Torquato. Sabendo da prisão de seu compadre, Capitão Vitorino
utiliza todas suas influências para libertar os três. Entretanto, ele próprio é
preso logo em seguida, por desrespeitar o Tenente Maurício. Quando o capitão
também está solto, o mestre visita sua casa e, ao se dar conta de que estava
abandonado, suicida-se. Vitorino recebe cada vez mais apoio político, inclusive
dos jornais. A sua caminhada está dando certo. Porém, o final do livro também
mescla a tristeza das personagens pela morte do seleiro.
Dessa
forma, Fogo morto constitui-se no
romance dos finais: final do engenho, final do trabalho escravo (que vinha
sendo substituído pela máquina), do ciclo da cana-de-açúcar, final até da mesmo
vida, degradada. Neste trabalho, pois, propomo-nos a relacionar as questões
políticas eleitorais, veladas pelo coronelismo,
projetando o mestre José Amaro como homem de resistência, em consonância,
assim, com a teoria de Bosi (2002).
CORONELISMO, ENXADA E VOTO
O
tema do Coronelismo é um dos elementos
mais importantes na obra Fogo Morto.
A história da obra é muito rica nas relações sociais que esses coronéis tinham
em relação com o povo. As raízes do Coronelismo estão firmadas no começo do
ciclo da cana-de-açúcar no Brasil (Séc. XVI) e se estendem, de maneira
explícita, até o início da República Velha. Portanto, o processo no qual esse
tipo de poder paralelo esteve vigente no país foi extenso. Uma breve definição
de Coronelismo auxilia no entendimento da forma como esse poder é construído:
Em
suma, o coronelismo é um exercício do poder
monopolizante² por um coronel cuja legitimidade e aceitação se baseiam em
seu status,
de senhor absoluto, e nele se fortalecem, como elemento dominante nas instituições sociais, econômicas e
políticas, tais como as que prevaleceram durante o período de transição de uma
nação rural e agrária para uma nação industrial (PANG, 1979; p.20).
A
partir disso, podemos considerar que a forma como é visto o coronel pelos seus
empregados é que ele é, de fato, uma autoridade. Isso ocorre porque na maioria
das vezes os coronéis tinham uma grande área de terras, nas quais viviam seus
empregados ou agregados, ou seja, essas pessoas mais próximas e de classes mais
baixas, as que sobreviviam com o que os coronéis davam a elas. Assim, mesmo que
o coronel não fosse alguém com muitas posses, mantendo seus empregados nas suas
dependências já era considerado motivo de gratidão. É justamente sobre essa
característica que Janotti (1978, p.41) afirma que “o coronel nem sempre era um
grande fazendeiro. Mas era um chefe político, reconhecido poder econômico, que
conseguira apoio e prestigio junto ao governo estadual”. Isso torna claro que
as o poder desses chefes políticos eram obtidos de sem grandes dificuldades, acarretando
em progressiva descentralização do poder do Estado. Logo, “a centralização das
decisões, portanto, inerente à própria estrutura econômico-social, firmou-se
por um compromisso de poderes, cuja base se assentava no coronelismo” (JANOTTI,
1978, p. 33). A partir de então, o Estado perde a sua autonomia, partilhando a
soberania com tais figuras privadas. Assim, é esse mesmo status que apóia as
figuras dos coronéis: os serviços prestados à comunidade. Isso gera um ciclo em
que o Coronel utiliza-se de seus empregados para realizar atos ilícitos,
enquanto o governo valida essa estrutura político-social.
O
papel do Coronel dentro do município era muito efetivo, haja vista ser o representante
do governo mais próximo, ou, em outros casos, ser aquele que cumpre o papel de
governo, uma vez que as instituições municipais controladas pelo governo foram
abandonadas, e é o próprio chefe político local, com os fundos que possui, quem
acaba provendo (ou privando) os serviços básicos à população. Nesse cenário, surge
um sentimento de gratidão do povo para com o seu Coronel, rebaixando o poder do
Estado em relação ao desse chefe local, uma vez que o próprio povo estava mais
a favor desse poder paralelo do que contra ele. Esse poder assombroso pode ser
presenciado nas situações de conflitos armados em que esses fazendeiros
entravam por alguma questão, pois que “na pratica, os grupos armados sob
comando de um fazendeiro escapavam ao controle das autoridades reais ou
imperiais, que se viram forçadas a dar-lhes um status legal, ou quase legal,
como unidades militares.” (PANG, 1979, p. 24). E os municípios, por vezes,
viviam sob formas tão paralelas ao estado que as próprias questões posteriores
à escravatura não impediram que muitos trabalhadores rurais continuassem sob o
mando do poderoso patrão, muitas vezes em posse de poderes do Estado para lhe
garantir esse direito.
É
com esse poder demasiadamente centralizado em suas mãos que tais chefes
políticos começam a comandar também o processo eleitoral do povo. Havia, pois,
todo e qualquer tipo de forma para se conseguir o voto dos eleitores, e muitos
eram os artifícios para isso, tais como “clientela política”, “cabos eleitorais”, “eleitores
comprados/vendidos”; “eleitores fantasmas”; “correção”. Conclui-se que variados
tipos de fraudes eram utilizadas para se atingir os resultados pretendidos
pelos coronéis,“nada havia de livre ou de secreto na maneira de votar; quanto
sempre existiu a coerção, inclusive com a presença maciça de capangas do
Coronel” (JANOTTI, 1978; p. 51). Portanto, é possível notar, através da
estrutura aqui apresentada sobre o coronelismo, que havia um processo muito
forte de dependência e opressão do povo, enquanto os coronéis usufruíam de uma
soma de poderes e de muito respeito e apoio por parte da população.
CORONELISMO E A RESISTÊNCIA EM FOGO MORTO
Ligado
ao desenvolver da narrativa está todo um sistema político que vigorava não só
no sertão brasileiro, mas em especial nessa região. As influências que o
coronel tinha sobre o povo abrangem os que podemos chamar de três pilares do coronelismo: o econômico, o social e o
político. O primeiro refere-se ao poder de propriedade, a quantidade de terras
e ao potencial produtivo delas. Sendo dono de grandes latifúndios, o senhor de
engenho operava uma espécie de feudalismo, distribuindo algumas áreas. Assim,
operava-se todo um domínio no plano social, o que fazia do coronel até mesmo um
“protetor natural” (JANOTTI, 1978, p.57). O último pilar corresponde à projeção
política do indivíduo. Possuindo riquezas, desfrutando de domínio popular,
restava ao poderoso legalizar-se como soberano: aliava-se, então, ao governo,
como homem do Estado, além de privado.
Essa
estrutura é bem visível em Fogo morto.
Temos várias personagens que ocupam a posição de coronéis, mas, certamente, o
mais destacável é o Lula de Holanda. Ainda que a patente seja herdada, ele
apóia-se em dois dos pilares já mencionados: embora ele não se promova
candidato às eleições vindouras, é dotado de um bom patrimônio e exerce domínio
sobre seus “vassalos”. Esse poderio social o estabelece como eleitor
representante. Explica-se. Além de seu voto, Lula escolhia o candidato dos seus
submissos. Isso é visto na cena em que o vizinho José Paulino viera falar-lhe,
exemplificando a autoridade coronelística:
Uma
tarde apareceu-lhe o coronel José Paulino para lhe falar das eleições.
Conversou com o vizinho com a maior franqueza. [...] Não iria mais às eleições.
Mas o coronel José Paulino pedia-lhe então que deixasse que os seus eleitores o
acompanhassem no pleito. Consentiu. E quando o outro saiu, de estrada afora,
arrependeu-se da fraqueza que tivera. Então moradores de seu engenho seriam
eleitores do seu vizinho? (REGO, 2010, p.250)
Assim, consolidavam-se abissais
diferenças sociais entre a grande maioria desfavorecida e a seleta oligarquia.
Enquanto estes desfrutavam de fidalguias, aqueles compartilhavam entre si a
última galinha ou o resto de farinha com carne. Ademais, mesmo seus direitos
não deveriam ser questionados, pois eram julgados inexistentes:
aquele
Lula de Holanda, sem que nem mais, mandava que ele se fosse de uma casa que o
seu pai levantara. Anos e anos perdidos. E Manuel da Úrsula vinha lhe falar em
direito. Pobre não tinha direito [grifos meus] (REGO, 2010, p.285).
Nesse
meio, surge, pois, um intuito de revolta, um foco de esperança, materializado
na personagem Antônio Silvino e seu bando. O povo era simpático ao capitão, que
submetia à força os poderosos, que saqueava os abastados para doar aos pobres.
Era um foco revolucionário de justiça.
Mestre
Amaro era um dos que confiava na probidade da tropa. Era um aliado à revolução.
O próprio fato de o seleiro começar a sair pelas noites pode ser interpretado
como ato subversivo. É mesmo na escuridão que ele mantém os primeiros contatos
que irão requerer sua presteza aos cangaceiros. Ele providencia comida e alguns
serviços de selaria, intermediados pelo aguardenteiro Alípio.
As
andanças do mestre lhe custam a fama de lobisomem. Essa figura folclórica
horrenda e temerosa que lhe era atribuída deve ser outro indício da
representação da resistência que ele
significava. O pobre Zé sempre foi homem de posição, que assumia o que dizia e
não se deixava pôr cabresto. Ora, essa atitude contrapõe ao pensamento
dominante da época, em que o coronelismo, como já dito, determinava a vida dos
habitantes, sobretudo o voto: “[...] nada havia de livre ou de secreto na
maneira de votar; quanto sempre existiu a coerção,
inclusive com a presença maciça de capangas do Coronel” [grifos meus] (Janotti p. 51). Contudo o seleiro contrapunha-se, resistente:
não
estou zangado, estou dizendo a verdade. Sou um oficial que não me entrego aos mandões. Quando a gente fala nestas coisas vem
logo um pobre como você dizendo que estou zangado. Zangado por quê? Porque digo
a verdade? Sou eleitor, dou o meu voto a
quem quero. Não voto em governo [grifos
meus] (REGO, 2010; p.42).
Essa
resistência presente em Fogo morto
vai ser a força motriz da trama. No entanto, esse caráter crítico não se
limitará ao temático, mas revestirá o estético, intrinsecamente à escrita. Em
consonância com BOSI (2002), perfilhamos que essa
escrita
resistente (aquela operação que escolherá afinal temas, situações, personagens)
decorre de um a priori ético, um sentimento do bem e do mal, uma intuição do
verdadeiro e do falso, que já se pôs em tensão
com o estilo e a mentalidade dominantes [grifos
meus] (p.130).
Esse
“a priori ético” é o reconhecimento da realidade vivida, é quando nota-se que
há a predominância da injustiça. Isso quer significar, em termos teóricos, que resistência é um conceito
originariamente ético, mas que vai
se inscrever no estético. A “tensão”
criada em meio à revolução dá à literatura o caráter de contrariedade, pois não
seja mais mera reprodução da realidade dominante:
Chega
um momento em que a tensão eu/mundo se exprime mediante uma perspectiva
crítica, imanente à escrita, o que
torna o romance não mais uma variante literária da rotina social, mas o seu
avesso; logo o oposto do discurso
ideológico do homem médio (BOSI, 2002; p.130)
Essa é representação que a resistência de Fogo morto realiza, principalmente por intermédio da personagem
José Amaro, o lobisomem, afeito aos ideais de Antônio Silvino e seu séquito.
Caracterizada como neo-realista, essa obra, pois, opõe-se ao coronelismo dominante, condenando as
relações de poder existentes na sociedade brasileira e sertaneja.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BOSI, Alfredo. Literatura e Resistência. São Paulo.
Companhia das Letras. 2002.
JANOTTI, M. de
Lourdes. O Coronelismo, uma política de
compromissos. Rio de Janeiro. Editora Brasiliense. 1978.
LEAL, V. Nunes. Coronelismo, enxada e voto. Rio de
Janeiro. Editora Nova Fronteira. 1997.
PANG, Eul-Soo. Coronelismo e Oligarquias. Rio de
Janeiro. Editora Civilização Brasileira. 1979.
REGO, J. Lins
do. Fogo Morto. Rio de Janeiro.
Editora José Olympio. 69ª edição. 2010